Telemedicina: Guia Definitivo para Implementação de Atendimento Virtual em Clínicas

A telemedicina já faz parte do novo normal e está em constante crescimento. Quer aproveitar todo o seu potencial?

Neste artigo desenvolveremos tudo o que você precisa saber se está pensando em aplicar o método de atendimento virtual em sua clínica ou instituição do setor saúde. Comecemos!

Passos e dicas para implementar um software médico em sua clínica

O primeiro passo para implementar qualquer tipo de software é pesquisar e conhecer os desenvolvimentos disponíveis no mercado.

Depois de concluído, o segundo passo fundamental é conseguir a adoção do sistema pelo pessoal médico. Não basta treiná-los para utilizar o software: mostrar-lhes benefícios, envolvê-los no processo, formar uma equipe motivada para a melhoria contínua.

Não é pouca coisa considerar a implementação de software deste tipo no que diz respeito ao pessoal médico. Na verdade, o sucesso da mudança dependerá da confiança que se estabelecer entre a equipa médica e os recursos digitais.

Outra dica básica para poder entrar no mundo dos softwares de telemedicina: combine com seu provedor de internet um serviço de banda larga de acordo com o uso que você vai dar.

Por último, verifique sempre se o fornecedor escolhido cumpre todas as normas legais e sanitárias em vigor. Em questões médicas você já sabe que este não é um fato menor.

Faremos agora um passeio mais detalhado e detalhado por vários aspectos e noções centrais em torno da telemedicina, em particular, e da telessaúde, em geral. Não vai se arrepender!

Telemedicina de acordo com a OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define telemedicina como o método que os profissionais utilizam para prestar serviços de saúde remotamente, utilizando novas tecnologias de comunicação.

Nesse sentido, delimitou pelo menos dois usos específicos da telemedicina:

Por um lado, a troca de informações para o diagnóstico, tratamento e prevenção de diversos problemas relacionados à saúde integral. Por outro lado, reconhece a utilidade da telemedicina em favor da investigação e da educação permanente dos médicos, na busca da melhoria da saúde dos indivíduos em todo o mundo.

Breve História da Telemedicina

A telemedicina surgiu na década de 70 e anda de mãos dadas com o desenvolvimento da tecnologia (computadores, internet, celulares, etc.). Como esperado, este desenvolvimento tecnológico também transformou as práticas médicas.

Quando os eletrocardiogramas começaram a ser transmitidos por cabos telefônicos, no início do século XX, podemos considerar que surgiu a telemedicina.

Até 2010, num relatório sobre 114 países, foi revelado que 30% destes países já tinham uma agência para o desenvolvimento da telemedicina, 50% tinham instituições científicas envolvidas no seu desenvolvimento e 20% já estavam a avaliar ou a rever a sua utilização. .

Atualmente, em 2020, estes números subiram de forma exponencial e vertiginosa para dar uma resposta imediata à contingência que a pandemia de covid-19 instalou.

Segundo nota do jornal argentino Ámbito, o medo do risco de contágio da COVID-19 gerou uma queda de até 75% nas consultas médicas tradicionais. Tudo isso, sem dúvida, acelerou os processos de implementação da telemedicina.

Como está a telemedicina no mundo?

Vamos fazer um tour geral, um resumo das notícias sobre telemedicina:

A telemedicina está a ganhar terreno a nível mundial, tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, salvando mesmo as óbvias diferenças económicas e sociosanitárias entre eles.

Isso significa que a partir da irrupção da telemedicina foi possível fortalecer a assistência médica mesmo nos países em desenvolvimento, que não possuíam sequer uma grande variedade de especialidades médicas e muito menos acesso à tecnologia de ponta.

Atualmente, a telemedicina é utilizada como método complementar de apoio às consultas presenciais tradicionais. Embora para determinadas consultas seja possível recorrer indistintamente à virtualidade ou presencial, há outras consultas que requerem inevitavelmente uma visita presencial.

Mas o importante, então, é que a telemedicina possa ser aplicada em todos os casos, ajustando-se sempre ao orçamento disponível.

Tipos de telemedicina

Podemos dizer que existem três tipos de telemedicina. Faremos uma rápida revisão de cada um deles:

Telemedicina interativa.

Ele permite que médicos e pacientes se comuniquem por meio de videoconferência. Sem a necessidade de estar no mesmo local, facilita e torna-se relevante em tempos de COVID-19, sem dúvida.

Teleassistência.

É o monitoramento remoto do paciente. Esta tecnologia dá a possibilidade de manter os controlos necessários em pacientes com doenças crónicas.

Acompanhar idosos que não podem comparecer ao posto, monitorar padrões de saúde em determinadas patologias que exigem check-ups periódicos são bons exemplos de teleatendimento.

Dispositivos de monitoramento coletam dados sobre sinais vitais, como pressão arterial e açúcar no sangue. A partir dessa entrada de informações é possível verificar se o paciente está estável ou necessita de algum tipo de ação.

Tecnologia de armazenamento e transporte.

Referimo-nos, especificamente, ao armazenamento de dados clínicos para envio a outros centros médicos, ou a outras áreas ou interconsultas no mesmo estabelecimento.

Isso é útil quando um paciente precisa passar por diferentes departamentos médicos ou frequentar mais de uma clínica, ou necessita de assistência interdisciplinar.

Principais Aplicações e Usos da Telemedicina em Clínicas.

O conceito de telemedicina inclui uma ampla gama de tarefas e soluções. Mas para fins práticos podemos agrupá-los em dois: soluções para problemas que ocorrem entre médico-paciente e entre médico-médico.

No primeiro grupo encontramos a consulta clássica, que agora pode ser realizada remotamente, seja porque as portarias de distanciamento social assim o exigem, seja porque o paciente prefere esta opção devido à distância, comodidade, preferências pessoais, etc.

Um extra interessante é que, nas teleconsultas, você pode acessar facilmente as informações dos pacientes e compartilhar arquivos como histórico clínico, estudos gerais e específicos, gráficos de comportamento, etc.

Além disso, as ações de biomonitoramento do paciente podem ser realizadas remotamente. Ou seja, não é mais imprescindível que o paciente compareça ao posto de saúde para verificar seus sinais vitais.

Isso permite que o paciente seja encaminhado para um especialista específico ou recomende determinada ação, de acordo com seu caso particular, em tempo real.

Por outro lado, entre os médicos, esta tecnologia é utilizada, sobretudo, com base em dois motivos: para realizar interconsultas entre profissionais à distância e para formação contínua, agora com possibilidade de a realizar à distância.

Quais benefícios podem ser proporcionados em uma clínica com telemedicina?

Em primeiro lugar, a telemedicina oferece a possibilidade de marcar consultas com especialistas ou clínicos. Depois, é possível rever os sintomas do paciente e diagnosticar, tudo através de uma videochamada!

Essa prática assistencial em que é utilizada a tecnologia de videochamada (ou videoconferência) é chamada de “teleconsulta”. Novamente o prefixo tele: ‘remoto’, ‘à distância’.

Além disso, o tratamento de casos já diagnosticados pode ser seguido, sem a necessidade de o paciente ir repetidamente à clínica. É possível, por exemplo, revisar os resultados de alguns exames junto com o paciente e virtualmente, ou seja, remotamente.

Mas os benefícios não param por aqui, você também pode compartilhar informações valiosas para os pacientes online, com outros especialistas e até com prestadores de serviços médicos, obras sociais, farmácias, centros de saúde ou o que for necessário.

A telemedicina, em particular, e a telessaúde, em geral, permitem partilhar informações sensíveis (como registos médicos, receitas de medicamentos, resultados de análises ao sangue ou radiografias, etc.) de forma segura e fiável.

Algumas recomendações para fornecer telemedicina de sucesso

Diante do exposto, alguns pontos essenciais para prestar uma assistência de qualidade têm a ver com não deixar ao acaso os aspectos instrumentais e processuais. Com isso é possível dar seriedade à clínica e reforçar o relacionamento profissional

Em princípio, os profissionais de saúde devem avaliar se é propício o uso da telemedicina em cada caso particular.

Por sua vez, o médico, dentro de suas possibilidades, deve ter acesso à história clínica do paciente, para ter um conhecimento mais aprofundado do caso.

Terminada a reunião virtual síncrona (ou seja, simultânea e mediada por uma tela), é importante que o profissional de saúde registre o ocorrido no prontuário do paciente.

Por outro lado, recomenda-se que os pacientes realizem um exame clínico preliminar de acordo com o motivo da consulta. Desta forma, o médico terá à disposição as informações necessárias.

Tanto os médicos como os pacientes devem ter uma compreensão completa dos benefícios, bem como dos riscos potenciais do uso dessa tecnologia.

Isto pode ser conseguido através da criação de manuais de usuário onde são desenvolvidos os procedimentos e o escopo do método. Caso necessário, protocolos de consentimento deverão ser realizados tanto pelo profissional quanto pelo paciente.

Ou seja: ambas as partes devem concordar e consentir com o uso da telemedicina para uma determinada prática médica.

Telemedicina: Vantagens e Desvantagens

Como todos os sistemas, a telemedicina tem pontos fortes e fracos. Vamos analisar juntos os dois lados da moeda para que você possa tomar uma decisão baseada em opiniões precisas na hora de escolher esse método de atendimento.

Comecemos pelas implicações sociais e económicas a ter em conta na aplicação da telemedicina:

• Necessidade de treinamento prévio. Embora muitas pessoas manuseiem as TIC com grande habilidade e habilidade, pode acontecer que alguns médicos necessitem de formação para tirar o máximo partido do sistema.
• Adaptação do pessoal às novas tecnologias. Passamos por vários avanços tecnológicos ao longo dos anos e este é mais um. Eles se acostumam a usá-lo em pouco tempo, mas pode haver alguma resistência inicial.
• Requer mudanças na cultura de trabalho dos profissionais. As formas de trabalhar devem ser modificadas para incluir a nova tecnologia até que ela se torne natural.
• Necessidade de mudança cultural nas estruturas de gestão. Qualquer mudança a nível institucional tem de ser aprovada e apoiada pela gestão para funcionar.
• Compromisso de todas as pessoas envolvidas. Este ponto está desmembrado dos itens anteriores. Engloba gestão, médicos, pessoal administrativo e pacientes, é claro.
• Aceitação por médicos e pacientes desta nova forma de vínculo.
• Acesso parcial à tecnologia. Os pacientes que estão em bairros vulneráveis ou longe de cidades mais ou menos importantes podem não ter acesso à tecnologia, nem os idosos que não têm um uso fluente das TIC.
• Desenvolvimento tecnológico e infraestrutura para atuação com telemedicina. A disponibilidade de computadores, conexão Wi-Fi estável e demais necessidades tecnológicas na clínica é condição sine qua non.
• Necessidade de apoio financeiro da instituição para poder atingir objetivos quantificáveis a curto e médio prazo, de forma que a implementação da telemedicina não fique apenas uma novidade do momento.

Agora vem a boa notícia. Dê uma olhada em todos os benefícios proporcionados por este sistema inovador e eficiente:

• Benefícios econômicos. Elimina custos de deslocamento, gera economia de quantias significativas de dinheiro para reuniões entre paciente e médico, e entre profissionais de saúde.
• Acesso à saúde de qualidade. O sistema de atendimento por videochamada aumenta o percentual de pessoas que poderão ter acesso a médicos de elite, especializados em problemas específicos. Limpe a falta de determinados profissionais na sua cidade, caso a caso.
• Reduzir a barreira geográfica. Em linha com o ponto anterior, os pacientes provenientes da zona rural podem ter acesso a médicos que trabalham na cidade. Além disso, os países em desenvolvimento poderão contactar médicos de centros de saúde de renome mundial.
• Segunda opinião rapidamente. Os pacientes podem rapidamente ter uma segunda opinião sobre sua patologia. Tempo é economizado e vidas são salvas.
• Reduza as aglomerações de pacientes nos espaços comuns da sua clínica. Ponto muito importante em tempos de pandemia.
• Elimine a espera. O tempo de espera é improdutivo e tedioso para os pacientes. O sistema de atendimento virtual melhora o gerenciamento do tempo. Esta ação será, sem dúvida, valorizada positivamente pelos seus pacientes.
• Maior comodidade para os pacientes. Eles não devem viajar até a clínica para consultar o médico. Uma questão importante considerando as longas distâncias e o trânsito que existe nas cidades.
• Acesso a informações de forma fácil, rápida e atualizada ao seu alcance. Mesmo 24 horas por dia, 7 dias por semana e com apenas um dispositivo com conexão à internet.
• Reduz a possibilidade de perder papéis importantes. Por exemplo: os resultados de um exame de sangue ou de um raio-x.
• Incentiva a formação contínua. O pessoal médico também beneficia desta tecnologia, pois pode receber formação e educação médica localmente e a um custo mais baixo. É importante manter uma equipe médica atualizada com as tendências médicas para fornecer um serviço de qualidade.
• Dê conta das políticas de inovação. As clínicas que utilizam este sistema gozam do prestígio de serem inovadoras na área.
• Melhorar os custos operacionais. Traz benefícios econômicos para a clínica, pois pode aumentar a produtividade do pessoal médico, minimizando a carga de tempo do pessoal. Por fim, a soma de todos os pontos considerados contribui para alcançar maiores índices de satisfação geral dos pacientes.

Como implementar a telemedicina em uma clínica? Exemplo prático

As aplicações da telemedicina são múltiplas e trazem grandes benefícios às clínicas que a utilizam no dia a dia.

Vamos revisar algumas áreas mais sensíveis onde mudanças podem ser aplicadas gradualmente para nos aproximarmos do objetivo da telemedicina.

Claro, você nunca alcançará 100%. A medicina trabalha com pessoas dos dois lados. Para dar resultados, a relação médico-paciente deve se dar sempre com base em um tratamento personalizado e humanístico.

Porém, podemos potencializar esse tratamento personalizado com recursos e estratégias que andam de mãos dadas com a tecnologia e farão da sua clínica um modelo de atendimento médico. Vamos ver do que se trata.

Que tecnologia e infraestrutura você precisa condicionar para operar com telemedicina?

As tecnologias utilizadas devem garantir a qualidade, segurança e proteção dos dados pessoais dos pacientes.

Essa tecnologia deve passar por avaliações técnicas, sanitárias, éticas e legais para poder utilizá-la de forma otimizada e responsável.

É importante que a tecnologia de assistência virtual possua padrões para garantir a segurança cibernética contra possíveis hacks de sistemas. O ponto principal é proteger dados confidenciais. Um factor a ter em conta é a infra-estrutura necessária para funcionar de forma eficiente. Desde computadores até um bom serviço Wi-Fi, já que um baixo nível de banda larga pode comprometer a imagem da videochamada e levar à situação trágica de um diagnóstico mal realizado.

O Módulo de Atenção Virtual é Ideal para Isso

A Debmedia ajuda as clínicas fornecendo um sistema de atendimento virtual seguro e confiável.

O módulo de atendimento virtual funciona de forma semelhante ao atendimento presencial: o paciente espera a sua vez e o médico chama a próxima pessoa da fila. A diferença é que a sala de espera é virtual, a ligação é feita por meio de um botão e o paciente entra na videochamada ao invés do consultório físico.

Os pacientes notam o compromisso das clínicas que oferecem serviços de qualidade através de diferentes canais, que se adaptam às necessidades de cada paciente. Da mesma forma, mantêm o bem-estar e a saúde de quem contacta a clínica como eixo central das suas ações.

Outros conceitos associados à telemedicina: e-Health e cuidados médicos virtuais

e-Health é o nome espanhol para o termo e-Health. O conceito refere-se ao conjunto de tecnologias de informação e comunicação que são utilizadas como ferramentas para a prestação de cuidados médicos.

Na área da saúde, as TIC são utilizadas em situações de prevenção, diagnóstico, tratamento, monitorização, bem como na gestão geral da saúde.

Abrange diversos produtos e serviços de saúde, como aplicações móveis, telemedicina, dispositivos de monitorização de sinais vitais, armazenamento de dados, sistemas de apoio à decisão clínica, entre outros temas.

O e-Health é uma fusão entre a informática médica, a saúde e a informação transmitida através da Internet e tecnologias relacionadas.

O termo conota desenvolvimento técnico e mudança de atitude em relação à tecnologia a serviço da saúde. Desenvolve uma perspectiva global na procura de melhorar a saúde, tanto na própria região como em todo o mundo, através da utilização das TIC.

Por outro lado, o atendimento médico virtual refere-se à situação de atendimento médico que ocorre por videochamada, caso a caso, e não presencial.

Conclusão

Em resumo, a telemedicina é um serviço de atendimento médico remoto e sua utilização permite maior acesso à saúde de qualidade e consultas entre profissionais médicos.

Essa tecnologia permite o monitoramento e acompanhamento de casos já diagnosticados remotamente. Além disso, oferece a possibilidade de acessar facilmente as informações disponíveis, sobre estudos e históricos clínicos, de forma organizada.

O software específico de telemedicina, entre muitos outros benefícios, permite gerenciar plantões e salas de espera com a mesma lógica do presencial (o paciente se anuncia e aguarda a ligação do médico em uma sala de espera), por meio de atendimento remoto por meio de videoconferências.

A utilização desta tecnologia na sua clínica irá permitir-lhe gerir melhor os tempos de atendimento, aumentar a produtividade e consequentemente os rendimentos, sem ter mais pessoal, ao mesmo tempo que se adapta ao novo normal.

Por fim, sua empresa se beneficiará da imagem de organização inovadora.